O atual mês, denominado agosto Dourado, é dedicado à promoção e apoio ao aleitamento materno, o qual este ano traduz o tema, Proteger a amamentação: uma responsabilidade de todos!
O agosto dourado traz consigo a conscientização de que o leite materno, padrão ouro para a nutrição dos bebês até o sexto mês de vida, é o alimento mais completo, sendo fonte de anticorpos e fatores anti-infecciosos e de todos os outros nutrientes dos quais os bebês precisam para ter seu crescimento e desenvolvimento adequados. Além disso, representa um alimento de fácil acesso, está sempre pronto, na temperatura certa, não tem custo, é prático e ainda fortalece o vínculo entre a mãe e seu bebê. Sendo assim, dentre outros aspectos, oferece vantagens para a díade mãe e filho!
Além do incentivo, o tema faz pensar sobre a responsabilidade não somente dos profissionais da saúde e da rede de apoio familiar, como também da sociedade em geral para que a amamentação seja bem-sucedida. É necessário naturalizar o ato de amamentar e reduzir as barreiras para as mulheres que desejam amamentar após os 6 meses, visto que a recomendação dos órgãos de saúde recomenda o aleitamento exclusivo até os 6 meses e complementado até os 2 anos de idade ou mais.
As famílias necessitam de informações acerca do ato de amamentar já na gestação, as mães podem e devem ter dúvidas, pois não é um processo fácil. Por mais que pareça ser instintivo, requer aprendizado técnica e apoio. Quanto maior o apoio, melhor é o desfecho da amamentação! É importante que se escute e se compreenda os desejos da mãe, elogiar, oferecer atenção e cuidado para que ela possa se dedicar exclusivamente ao processo da amamentação e aos cuidados com o novo bebê neste novo ciclo!
Apesar de ser um ato de amor, o romantismo pode gerar expectativas e frustrações, levando ao desmame precoce. Desta forma, o melhor preparo é a informação de qualidade, estruturação da rede de apoio e a confiança na sua capacidade enquanto mulher e especialmente, enquanto mãe para nutrir seu bebê!
Então, enquanto sociedade, como podemos proteger a amamentação?
Texto escrito pelas professoras:
Patricia Bergjohann, professora da disciplina de Nutrição Clínica
Rafaela Tassinary, professora da disciplina de Enfermagem Cirúrgica